Olá. Como estás? :)
Quanto a mim, bem, passei mais duas semanas nas minhas montanhas. Regressei e já sinto saudades. Já te disse como os sonhos são diferentes, naquela velha casa de granito? Estranhos e mágicos. E a magia é algo que escasseia no meu mundo citadino. Será disso que tenho mais saudades? Não sei, de verdade. Talvez do tempo, do tempo que parece perder a forma linear e a rapidez dos dias na cidade, para se espreguiçar e avançar de um modo muito peculiar, permitindo-nos um luxo raro no mundo moderno: acordar por nós próprios e dormir quando temos sono, ou comer quando temos fome.
Já viste como os nossos pensamentos se alteram após uns dias sem o controlo contínuo de um relógio? Quando deixamos de contar os minutos e as horas, a nossa visão do mundo transforma-se. Para mim, pelo menos, isso é verdadeiro. E o que eu aceito como verdadeiro, define-me. ;)
Hmm… a noite. Mais do que os dias, adoro as noites nas minhas montanhas. Noites em que mal se dá pela presença humana. Noites noitíssimas. :)
Também adoro a floresta. Aqui a floresta é demasiado humanizada. Lá a floresta ainda é selvagem, um lugar onde facilmente nos podemos perder… ou encontrar-nos. Como encontramos rochas de granito fantásticas, que nunca imaginaríamos que pudessem lá estar. Sente-se a cada instante todo aquele velho mundo a vir ao nosso encontro, a maravilha que pode ser descoberta, em cada mudança de horizonte. :)
Hmm, na verdade, não há nenhum imperativo, nada tem que ser descoberto, pois não? Que procura de um qualquer sentido se pode comparar a acordar, quando se acordar, e simplesmente estarmos felizes?... :)
Sem comentários:
Enviar um comentário