quarta-feira, novembro 24, 2021

Swing

Dentro de cada um de nós existe um swing próprio, autêntico. Algo com que nascemos, que é só nosso, que não se pode ensinar ou aprender. Algo que não podemos esquecer. Mas ao longo do tempo, o mundo pode privar-nos desse swing. Fica enterrado dentro de nós, sob o peso das desculpas que arranjamos para o que devíamos ter feito. Algumas pessoas até se esquecem de como era o seu swing...»

Somos condicionados, desde crianças, a pensar que há um caminho para a felicidade, de tal modo que nos habituamos a ver a felicidade como algo que irá acontecer no futuro, quando várias premissas se concretizarem. 

Na verdade, não há nenhum caminho que nos conduza à felicidade, porque a felicidade é que é o caminho.

Contudo, para entrar nesse caminho, precisamos do nosso swing... e, por mais que eu esteja a ser repetitiva, irei continuar a dizer isto. Faço-o, em parte, para me ensinar a mim própria. Também eu preciso de reencontrar o meu swing e dançar nas clareiras ao luar.

:)

Termino com esta pintura mágica: Le villi, 1906, de Bartolomeo Giuliano.



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