quarta-feira, outubro 31, 2018

Halloween 13/13

Para terminar, escolhi o tema This Is Halloween, do filme The Nightmare Before Christmas, de 1993, na versão de Marilyn Manson.

Feliz Halloween! :)

Já agora, para aqueles que estranham que eu insista em Halloween e não Samhain, bem, na verdade, ambas as palavras são meros rótulos, definem o que nós quisermos que definam. ;)


terça-feira, outubro 30, 2018

Halloween 12/13

Na penúltima música da minha lista de Halloween, mudo de registo e escolho The Beautiful People, de Marilyn Manson. ;)

Bem, o ideal grego da perfeição aliava a beleza física aos valores morais. A definição desse ideal per se é perfeitamente legítima. Por outro lado, a herança que daí advém, para a civilização ocidental, já é questionável, uma vez que estabelece uma relação entre a fealdade física e a fealdade moral. Os gregos estavam conscientes dessa falácia e combatiam-na. A título de exemplo, ocorre-me o elogio da fealdade, de Alcibíades, que era dirigido a Sócrates, que ele considerava feio em termos físicos, mas belo em termos morais.

Quanto à nossa civilização, creio que já estamos para lá disso, de estabelecer a relação entre a fealdade física e a fealdade moral. Mas, se é verdade que sabemos que essa relação simplesmente não existe, também é verdade que, cada vez mais, o que conta é apenas o aspecto físico, quaisquer que sejam os valores morais que lhe estão associados. Assustador, não? ;)


segunda-feira, outubro 29, 2018

Halloween 11/13

A lista está quase a acabar, assim, esta noite escolho uma canção verdadeiramente mágica e intensa. :)

Caller Of Spirits, de Blood Of The Black Owl, também é uma música estranha e assustadora. Hmm, que mais se pode pedir? ;)


 

Árvore de Halloween

Bom dia. :)

Está um friozinho bom, não está? O chão está coberto de folhas e sente-se mesmo o outono. O que é maravilhoso, até pelos meus manjares cerimoniais de Samhain, que sabem bem melhor no tempo frio. ;)

Que mais? Tenho a casa completamente decorada, com coisas de Halloween, naturalmente. Que posso eu dizer? Essa decoração, mais do que dar um verdadeiro ar de festa, tem aquela leveza e alegria que me encantam. :)

Assim, deixo aqui duas fotos das minhas Árvores de Halloween. ;)

Já agora, termino com o início maravilhoso de um livro de Ray Bradbury, cujo título é precisamente The Halloween Tree.

«The wind outside nested in each tree, prowled the sidewalks in invisible treads like unseen cats. Tom Skelton shivered. Anyone could see that the wind was a special wind this night, and the darkness took on a special feel because it was All Hallows' Eve. Everything seemed cut from soft black velvet or gold or orange velvet. Smoke panted up out of a thousand chimneys like the plumes of funeral parades. (...)»

The Halloween Tree, Ray Bradbury



domingo, outubro 28, 2018

Halloween 10/13

Esta noite, com tristeza, sobretudo pelo que se passa no Yemen, deixo uma frase que certamente nos faz pensar.

Quanto à música, escolhi mais uma canção de Monica Richards, I Am Warrior. Porque a luta continua!...



sexta-feira, outubro 26, 2018

quinta-feira, outubro 25, 2018

Halloween 7/13

Hoje, a música é Into The Mist, de Eivør. Escolhi a versão em inglês, apesar de ser menos misteriosa e mágica, por causa da letra, que é muito bela.

Espero que também gostes desta frase do Stephen King, que é uma delícia:





quarta-feira, outubro 24, 2018

Halloween 6/13

Nesta noite de lua cheia, a música é de Nox Arcana: Night of the Wolf - deliciosamente assustadora! ;)

Deixo ainda, como frase da noite, um excerto do belíssimo poema de Edgar Allan Poe: A Dream Within a Dream.


terça-feira, outubro 23, 2018

Halloween 5/13

Hmm, numa noite de lua cheia, perto da meia-noite, que música hei-de escolher para a minha playlist de Halloween? ;)

Certo! É mesmo Thriller, de Michael Jackson. :)

Bem, se não acabo isto rapidamente, a minha geleia, que ainda está a cozinhar, pode muito bem ficar queimada. Assim, sem mais, deixo-te com um pensamento verdadeiramente assustador, como frase do dia, ou da noite;



segunda-feira, outubro 22, 2018

Halloween 4/13

Começo por dizer que, afinal, ontem não vi o filme A Pigeon Sat on a Branch Reflecting on Existence (2014), de Roy Andersson. Esse é o último filme de uma trilogia, assim, achei por bem começar pelos outros dois: Songs from the Second Floor (2000) e You, the Living (2007).  ;)

O sueco Roy Andersson é um filósofo e um dos grandes autores de culto do cinema moderno. A ver, sem dúvida.

Voltando ao Halloween… Bem, hoje preciso de qualquer coisa ligeira, por isso escolhi a música Ghostbusters, de Ray Parker Jr. :D

Quanto à frase do dia, deixo este pensamento profundo e assustador:


domingo, outubro 21, 2018

Halloween 3/13


Esta noite estou tristíssima.  :(

Bem, vou colocar aqui a música da minha playlist rapidamente, que ainda quero ver um filme, antes de ir dormir. 

Um Pombo Pousou num Ramo a Reflectir na Existência, de Roy Andersson, 2014. 

Acredito que o pombo fará um trabalho bem melhor do que o meu… 

Na playlist de Halloween, hoje a música é Wytches Brew, de Omnia.

Quanto à frase do dia, deixo uma questão… quem sabe, talvez o pombo me responda. 




sábado, outubro 20, 2018

Halloween 2/13

Mais uma música da minha lista de Halloween: Red Right Hand, de Nick Cave.

Adoro esta música!  :)

On a gathering storm comes
A tall handsome man
In a dusty black coat with
A red right hand

Isto levou-me para Margarita e o Mestre, um livro extraordinário de Mikhaíl Bulgákov, que li há muito tempo. Embora lá a descrição do demónio fosse bem diferente. Talvez a altura...

He'll rekindle all the dreams
It took you a lifetime to destroy
He'll reach deep into the hole
Heal your shrinking soul
But there won't be a single thing that you can do
He's a ghost, he's a god
He's a man, he's a guru

Tudo isto com a voz incrivelmente sexy de Nick Cave? Hmm, é uma pena que não existam verdadeiros salvadores, não é? ;)

You'll see him in your nightmares
You'll see him in your dreams
He'll appear out of nowhere but
He ain't what he seems
You'll see him in your head
On the tv screen
And, hey, buddy, I'm warning
You to turn it off
He's a ghost, he's a god
He's a man, he's a guru
You're one microscopic cog
In his catastrophic plan
Designed and directed by
His red right hand

Pronto, a música deliciosamente assustadora acabou, deixo agora a frase do dia. ;)








sexta-feira, outubro 19, 2018

Halloween 1/13

A ideia é ir colocando aqui uma frase e uma música, que de alguma forma façam parte do meu Halloween.

Começo, então, com a música Psycho Killer, de Talking Heads.

Hmm, talvez porque hoje é um daqueles dias em que me apetece gritar: «don't touch me, I'm a real live wire». ;)

Deixo ainda uma frase acerca da suposta normalidade. Bem, muito já eu corri atrás desta ilusão, na esperança de me integrar, nem sei bem no quê, mas tudo isso faz parte do passado. Agora, aceito-me tal como sou, com toda a minha estranheza. E aceito os outros, tal como eles são, com toda a sua estranheza - o que é igualmente importante!


quarta-feira, outubro 17, 2018

Take me home where I belong...

Boa noite. :)

Estou a ouvir AURORA, na maravilhosa música Runaway.

And I was running far away
Would I run off the world someday?
Nobody knows, nobody knows
And I was dancing in the rain
I felt alive and I can't complain

But now take me home
Take me home where I belong
I got no other place to go.

Hmm… já te disse, alguma vez, que eu acredito que quando encontramos uma pedra esculpida pela natureza, com o formato de um coração, isso significa que estamos no nosso caminho de regresso a casa, à nossa verdadeira casa?

Antigamente, deixava pedras-coração nas encruzilhadas, para que alguém as encontrasse. Depois, deixei-me disso, quando as minhas crenças passaram a precisar da aprovação dos outros, para poderem continuar a existir.

Bem, talvez não haja qualquer problema em seguirmos o caminho dos outros, mas esse caminho não nos levará a lado nenhum. E eu quero regressar a casa, ao lugar onde pertenço, onde sempre pertenci, onde sempre pertencerei.

Sei bem que o meu caminho será, necessariamente, um caminho solitário. E também sei que me assustará, muitas vezes. Nessas alturas, tenho que me lembrar de velhos ensinamentos, sabendo que não tenho razão para desconfiar do meu mundo, porque ele não está contra mim. Rilke dizia que se o mundo tem sustos, são os nossos sustos, se tem abismos, são abismos que nos pertencem, se tem perigos, temos que tentar amá-los.

Ah Como eu quero ir ao encontro dos meus sustos e dos meus abismos!

Entretanto, fiz uma pausa neste post e escrevi noutro lado, o seguinte:

«Eu adoro o nordeste Transmontano. Mas talvez seja apenas por ter nascido lá… ;) Bem, para começar, há a maneira como o tempo muda: perdendo, logo no primeiro segundo, a velocidade alucinante da seta do tempo e, à medida que os dias passam, voltando cada vez menos linear e mais cíclico. Há aqueles momentos maravilhosos em que se acorda a meio da noite, com o silêncio e o sono interrompidos por alguma raposa aventureira. Há os pequenos instantes, ao longo do dia, em que simplesmente se repara nas nuvens e na cor do céu. Há as memórias do pôr-do-sol. Há os passeios nocturnos, nas noites de lua cheia, em que tudo na floresta é intenso e mágico. Há as noites cheias de estrelas. E isso, por si só, já seria imenso. Mas há muito mais. Há as velhas lendas, as grutas inexploradas, os castros… há a paisagem. Uma paisagem muito pouco humanizada, que nos desperta. E o que é que se compara ao momento em que o mundo simplesmente nos desperta?

Bem, uma vez uma amiga que eu levei lá, sentiu profundamente esse despertar e, a partir dali, as férias dela passaram a ser, ano após ano, no deserto, em Marrocos. Mas, como eu lhe disse vezes sem conta, só sentimos esse despertar, quando nos integramos completamente na paisagem. E só nos integramos verdadeiramente na paisagem, quando essa paisagem é pura e simplesmente o corpo da nossa tribo. Hmm, há algumas semanas, quando eu andava por outros lados, também à procura da minha tribo, citei uma ou outra vez a frase do Jorge Luis Borges: Que rio é este pelo qual corre o Ganges? Pois… A paisagem que moldou a tribo, de alguma maneira, é imutável. Os montes tornam-se vales, os rios correm em diferentes leitos, as velhas árvores desaparecem e outras, de diferentes espécies, passam a ser dominantes. Tudo muda e, ainda assim, a paisagem que foi corpo da tribo, ainda é. :)

Antes de terminar, permitam-me que explique este post e, sobretudo, este comentário, neste grupo. Eu não quero apenas pertencer a uma comunidade virtual. Eu quero encontrar a minha tribo. Hmm, eu não estou a dizer que a vou encontrar aqui, estou só a dizer o que me motiva. :) »

Sim, bem sei, esta noite já escrevi demasiado. :P

Termino, então, com mais uma pintura. Desta vez, com uma mulher caminhando na floresta, parecendo assustada e só, mas que, por certo, não está nem só nem verdadeiramente assustada. ;) Hmm, há nela algo louco, possivelmente porque é mesmo louca. ;) 

É uma pintura de Gottlieb Theodor von Kempf Hartenkampf.



segunda-feira, outubro 15, 2018

Pensamentos banais

No final da semana passada, enquanto eu e o meu filho caminhávamos até à escola, reparamos que caiam as primeiras folhas. Aproveitamos e apanhamos uma dessas folhas, antes de chegar ao chão. A primeira deste outono.

O meu filho olhou para mim e disse-me que o outono era uma das suas estações favoritas. Depois, riu-se e acrescentou:

– Queres que te diga quais são as outras três?

Para mim, é diferente. O outono é mesmo a minha estação favorita.

Espero que, quando eu morrer, o meu filho se lembre de mim no outono.

Hmm, começou a música It's Happening Again, de Agnes Obel, e eu distraí-me.

No future, no past
No laws of time
Can undo what is happening
When I close my eyes
And with the stars and the moon
I woke up in the night
In the same place
To save me for my eyes
It’s happening, it’s happening, it’s happening again…

De repente, ocorreu-me que a memória de uma folha murcha arrastada pelo vento, talvez seja algo que se não deva partilhar, de tão insignificante.

Hmm, que posso eu dizer? Se tenho pensamentos secretos, então nem eu própria os conheço.

Não me seduz a intelectualidade, de modo que pouco mais me resta a não ser os pensamentos banais acerca das coisas simples, que criam as minhas memórias.

Termino com uma pintura de Stanislaus Soutten Longley. Não sei por que razão me ocorreu... se há alguma simplicidade retratada, então é uma simplicidade idealizada, logo construída, fictícia. Mas é bela. Hmm, será o amor ao belo, em si mesmo, algo bom?...


quarta-feira, outubro 03, 2018

Pensamentos estranhos

Ontem, apanhei um choque eléctrico muito forte. Podia ter morrido, mas felizmente não morri.

Agora, a memória desse acontecimento voltou e deixou-me às voltas com pensamentos, no mínimo, estranhos.

Sim, bem sei que não é suposto escrever sobre isso… Ok, só um momento.

Por acaso, momento era uma medida de tempo medieval, que correspondia a 90 segundos.

Hmm, Disturbed? Disturbed.

Open Your Eyes.

Ok, vou terminar. Pode ser com uma pintura?...

Dante & Virgil (detail) by William Adolphe Bouguereau, 1850.

Sei lá porquê, apareceu na minha cabeça, agora mesmo. Não te disse que estava com pensamentos estranhos?